Introdução
“Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. (João 1:10)
Apresentando a Jesus como filho de Deus o evangelho de João foi o 4º a ser escrito e têm suas exclusividades diferenciadas dos demais Evangelhos, Mateus, Lucas, Marcos. Eles dispõem de similaridades chamadas pelos teólogos de sinópticos, expressão esta usada pela 1º vez, pelo J.J.Griesbach originada no termo grego synopsis, que significa vem junto, e cada um destes evangelhos possuem um público alvo.
Mateus apresenta Jesus como leão da tribo de Judá filho de Abrão e descendente do reinado de Davi, ARTHUR, W. Pink, no Livro Por Que Quatro Evangelhos Pag13. Diz Sete vezes o Senhor Jesus é tratado como “Filho de Davi” no Evangelho, e dez vezes no total esse título se encontra ali. O título “Filho de Davi” liga o Salvador ao trono de Israel; “Filho de Abraão” o liga à terra de Israel, foi escrito para os judeus, Acredita que tenha sido escrito na língua original em hebraico, tem um linguajar bem judio e cunho religioso, como relata Arthur que as características de Mateus expressadas são, mas judias do que qualquer outro livro do Novo Testamento, as festa religiosas, o guardar o sábado, o seu vocabulário também se inclui nesse aspecto, ele chama Jesus de Rabi expressão já usado por Lucas de mestre.
Marcos ou João Marco apresenta Jesus com o retrata como o humilde, mas perfeito Servo de Jeová, Escrito para um povo dominador, Detentor do poder, linguagem romana, Povo imediatista, isso fica mais claro com a quantidade de capítulos Mateus tem vinte e oito capítulos; Marcos, dezesseis. Que são pratico em ação. Claro que escrito aos Romanos. Acredita-se que tenha sido escrito na língua grega.
Lucas ou conhecido como Dr. Lucas, discípulo de Paulo, apresenta Jesus como (Filho do Homem). Foi escrito para os gregos sem dúvida, (?) Barclay defende que o grego de Lucas é o melhor entre os evangelhos. Sua linguagem é bem filosófica, Barclay, ainda diz que Lucas estava preso em cesárea, com isso resolveu enviar as Boas Novas a seu amigo Teófilo, a fim de evangelizá-lo, por esse motivo à boa e sofisticada linguagem e riqueza nos detalhes, oposto do imediatismo de Marcos, oposto de Mateus que chama Jesus de Rabi expressão usada pelos judeus, Lucas utiliza-se do vocábulo Mestre!
[2]Os autores dos sinópticos apresentam um Jesus terreno, Já o evangelista João difere-o deixando evidente a sua condição de amigo de Cristo, como citado em João 19: 26 e 27, que diz: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. Esse verso trás um entendimento mais amplo de logos, encarnado o filho do Próprio Deus, após os sinópticos ter sido escrito cada qual a um povo, em épocas diferente sendo o 1º a ser escrito entre os evangelhos o de Marcos, com a chegada dos escritos nas mãos do apostolo João ele viu a necessidade de escrever, o que não foi escritor, por ninguém ou aquilo que foi omitido pelos demais, mesmo que com isso existem passagens que são pérolas indispensáveis, que acharemos apenas nos escritos Joanino. Não foi que João não concorde com os evangelhos sinópticos que o antecederam, mas João viu a necessidade de contar aquilo que eles não haviam contado, e não impedir aquilo que já disseram, porém a fim de enriquecer a vida espiritual do povo.
GNOSTICISMO
O autor Luís Roldan escreve em seu livro Apostasia que o gnosticismo tem origem pagã ele data esse evento entre 1º século antes do cristianismo, e no 2º séculos posteriores George Eldon, na Teologia do Novo Testamento afirma que:
“O gnosticismo não é primariamente o resultado de uma síntese do dualismo grego com o evangelho, mas o produto final de um movimento religioso sincredista oriental, cujo inicio antecede o cristianismo...” (Ladd,George Eldon, na Teologia do Novo Testamento Pag.347)
Como apresentado pelos autores agnose é anterior ao cristianismo, os evangelista e autores dos sinópticos evangelizaram cada um com o foco a um povo judeu, romano e grego, diferenciado, como já dito anterior, de modo que cada um concorda com um escritor. O Pai da Igreja Eusébio de Cesárea escreveu:
“Por último decidiu escrever pela seguinte razão. Quando os três evangelhos que já mencionamos tivesse chegado as mão de todos, inclusive as suas, dizem que ele os aceitou e deu testemunho de sua veracidade; mais faltava neles uma versão dos fatos que tinha sido omitido pelos evangelistas anteriores...” (Historia Eclesiástica 5:24-7)
DUALISMO
Os escritores Luis Roldan e Watchman Nee, tratam sobre o mesmo assunto, o Dualismo. Roldan diz sobre o conceito da palavra, Já Watchman explica o assunto, afirmando que o gnosticismo foi caracterizado pelo dualismo, entre o bem e o mal. A carne (matéria) é má, porém o espírito é bom. (Watchman, Apostasia pag. 53)
As fundamentações gnósticas se baseiam no famoso mito da caverna platônico, onde se faz analogia entre dois mundos o visível e o inteligível, Plantão nessa ocasião narra que existe dois mundos o visível onde existe a matéria, nesse caso o mundo que habitamos e defende que existe também o mundo inteligível, aquele que as coisas são perfeitas onde o gnosticismo chama de espiritual. Esse mundo ele o chama de mundo das ideias, onde as coisas são perfeitas, quando se pensar em algo, isso é perfeito, mas quando se tentar reproduzir isso (o pensamento, a ideia), em matéria se torna imperfeito. Os gnosticismos dualistas aponta o conceito onde às coisas só são perfeita no mundo espiritual.
Barclay diz:
“A doutrina básica do gnosticismo era que a matéria é essencialmente má e o espírito é essencialmente bom. Os gnósticos passavam a afirmar que, sendo assim, Deus não pode tocar a matéria, de maneira que Deus não criou o mundo. O que fez Deus foi lançar uma série de emanações. Cada uma destas emanações se afastou mais de Deus, até que por último houve uma emanação tão distante que pôde tocar a matéria. Essa emanação foi a que criou o mundo”.
Apologética Joanina
O evangelista João, de frente dessas filosofias gnóstica defende que Jesus não poderia ser uma emanação bem distante, ele é o próprio Deus (arché) que se traduz em princípio, ponto de partida, não a emanação crença gnóstica aquela bem distante a ponto de não ter a sua natureza divina Physis (se traduz em natureza), a ponto de não ser mais Deus, mesmo sendo materializado ter sua matéria má, porem em Lucas cap. 1 escrito esta:
“Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai;
E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?
E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1: 32-35)
Filho de Deus
Watchman Nee descreve com muita perfeição o conceito de dualista pôr João no início do evangelho. Começa com o conceito de logos O Verbo encarnado, porém sem pecado como a natureza de Cristo é divina logo é Santo, já o mundo é pecaminoso! Logo tudo que tem sua origem terrena ou deriva também é pecaminoso, originado em matéria, o corpo, como descrito acima é caído, porém a ação manifesta é redentora. No evangelho de Lucas vemos a ação do anjo falando para Maria que Jesus seria gerado pelo Espírito Santo, logo sua origem não seria humana, mas sim divina!
O Cristo manifesto veio ao mundo para salvar aquilo que se havia perdido, Cristo encarnado veio para salva e trazer redenção para toda a humanidade, por que Deus amou o mundo, de tal maneira que deu, entregou (ação redentora) seu único filho para que todo que nele crê não perece mais tenha vida eterna (João 3:16). Afirmo que toda matéria tem tempo determinado, logo tem vida!
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. (João 1:1-3)
Barclay, pag. 17
“Alguns dos gnósticos sustentavam que Jesus era uma das emanações que procediam de Deus. Sustentavam que Jesus não era divino em nenhum sentido real; que só era uma espécie de semideus que estava mais ou menos distante do Deus verdadeiro; que era só um elo a mais da cadeia de seres inferiores que estavam entre Deus e o mundo”.
Physis, Cosmos, Arché, Logos. (Principio filosóficos)
Physis significa, no contexto dos primeiros filósofos, o conjunto de todas as coisas naturais que existem. A palavra também significa origem
Cosmos significa ordem, organização, e é utilizado no contexto dos primeiros filósofos para designar a ordem que existe na physis.
Arché significa a fonte, a origem e a raiz de todas as coisas da physis, de onde as coisas vêm e para onde vão.
Logos significa a razão, a linguagem, à palavra. Logos designa a razão humana, o pensamento que busca compreender a physis; mas, pelo menos a partir de Heráclito, logos também pode ser interpretado como a razão universal, fixa e imutável.
Dentro dos do princípio filosófico João se opõe ao gnosticismo, se utilizando da mesma ferramenta filosófico usado pelo pré-socrático naturalista, que tentaram explicar a constituição do mundo, João com isso vai muito alem de que a filosofia pré-socrática, e alem do maior profeta Moises em Genesis quando escreve sobre Bereshit (principio) quando aplicar o 1º principio o Aché o ponto de Partida de todas as coisa (Deus) ele esta escrevendo que Deus é o ponto de partida de todas as coisa Deus = Aché , (Logo) em seguida ele diz que o mesmo ponto de partida Deus (Aché) se manifestou em Carne trazendo o principio de (logos) o verbo a razão com isso também se aplicar a natureza, (Physis) de Deus não sendo a caída mais sim espiritual e eterna. Logos = O Verbo Encarnado = Jesus, Physy = Natureza = A Natureza Divina de Deus = Filho de Deus.
Cosmo no verso 10 João retona o principio filosófico escrevendo, “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. (João 1:10)
Com isso, todos os princípios filosóficos estão contidos em seu Livro onde temos arché (ponto de partida), Deus Pai, que se manifestou em carne, ou seja, o (logos) Deus-Filho, o Verbo encarnado, embora tenha manifestado em carne a sua natureza continua sendo Divina (Physis) a natureza de Deus, em Jo 8:23 diz Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Já Combate o gnosticismo logo no cap.1 vers1
Já Watchman Nee diz:
...o conceito corrente da constituição dos seres humanos é dualista: alma e corpo, segundo esse conceito, a alma é a parte interior espiritual invisível, enquanto que o corpo é a parte corporal externa visível. Embora haja algo de certo nisto, contudo, é inexado. Esta opinião vem de homens caídos... (o homem espiritual, pag. 16)
O gnosticismo tinha o papel de descreve o bem e o mal, de formar de uma briga constante dentro da filosofia. As ferramentas filosófica era usada para fortalecer esses pensamentos, João se opõe a esse pensamento fazendo a sua apologética, já no 1º cap. verso 14 onde ele diz:
Conclusão
Os escrito joanino é em quase sua totalidade apologético, em frente os desafios enfrentado em todo seu livro ele traduz a vontade do pai em relação ao filho, em João 3;16 explica o amor pelo humanidade, isso resulta, Na entregando do seu único filho, no capitulo mostra o cristo encarnado e no cap 14 o retono ao pai, Porem no capitulo: 14 existe uma perola quer coloca um ponto final frente a toda problemática gnóstica, aonde se diz E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
Em todo capitulo 14 existe a definição de casa que se defini moradia mostrando a passagem aonde reafirma que moradia sendo essa de cristo filho de Deus Jo 8: 23 diz Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo, após João deixa muito claro que a natureza de Jesus o Cristo, É Divina, Pois podemos ir em muito lugares viajar irmos a passeio mais sempre retonamos a nossa moradia! com tudo isso Cristo tinha uma missão imputada pelo pai de salva a humanidade de ser o cordeiro perfeito que tira o pecado do mundo, João em versos seguinte define o quer chamamos de trindade PAI,FILHO E ESPIRITO SANTO.
Jo 14; 16, E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, com tudo o gnosticismo oriundo seja ele paga ou cristão mostrava divergência com as bases fundamental cristã em frente a todas essas discrepâncias doutrina e apostasia herética presenciada por João, Diz Eusébio, Viu a necessidade de escreve por sis só os escrito de João discípulo amado e depois apostolo já foi suficiente frente que os outros escritos do demais evangelista, por ele mesmo recebeu a veracidade de autentico, haja vista que João foi aquele que andou com Jesus em tese vivenciou cada passagem em seu escrito e o mesmo deu autenticidade e veracidade os evangelistas mais. Com tudo a doutrina gnóstica paga surgida em meio ao gnosticismo foi o evangelista João o incumbido de fazer do seu evangelho a perola de defesa para àqueles que de forma tendenciosa inseriram esses conceitos dentro do cristianismo, com tudo o Apostolo de cristo em toda a sua autoridade, em seu livro nos escreve para a igreja gentílica afim de todos os dias defendemos também a nossa fez.
“E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. (João 14:3)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA
ALMEIDA, Corrigida Fiel: www.bibliaonline.com.br
ARTHUR, W. Pink, Swengel, Por Que Quatro Evangelhos. Tradução Helio Kirchheim. 1921
BARCLAY, William. Comentário do Novo Testamento. Tradução: Carlos Biagini. Trinity college, Glasgow.1955.
EUSEBIO de Cesareia. Historia Eclesiástica. Tradução Wolfgang, Fischer. São Paulo. Novo século. 2002
LADD, George Eldon,1991. Teologia do Novo Testamento. São Paulo. Hagno 1991.
ROLDAN, Luis. Apostasia ao Longo da História da Igreja. São Paulo. Reflexão. 2018.
http://eticaemeioambiente.blogspot.com/2017/08/physis-cosmosarche-physis-nocontexto.html data 05/04/2019
1 Professor: William Rodrigues, Bacharel em Teologia pela Faecard, Pós-Graduado em Teologia do Novo Testamento pela Fatum.
Alunos abençoados do Núcleo 005. Nós da FAPEG não temos palavras
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